
O medo de dirigir foi, por muito tempo, uma barreira invisível, mas imensa, que limitava minha liberdade. Sentia um pavor intenso só de pensar em pegar o volante, e, embora pudesse depender de outras pessoas para me locomover, isso trazia uma sensação constante de dependência e frustração. Cada evento, compromisso ou viagem se tornava uma questão de logística complicada, porque eu sempre precisava planejar com antecedência ou depender de alguém para me levar.
Esse medo afetava minha autoestima e fazia com que eu evitasse certas oportunidades, como encontros, eventos sociais e até mesmo novas experiências que exigissem que eu dirigisse. Era como se a minha vida estivesse constantemente sendo adaptada para acomodar esse medo. E, por mais que eu desejasse superá-lo, parecia impossível. Sempre que tentava dirigir, sentia um nervosismo incontrolável e voltava para a estaca zero.
Quando decidi tentar a hipnose, eu não estava completamente convencida, mas sabia que precisava de uma solução diferente. Nas sessões, comecei a entender que esse medo não era sobre dirigir em si, mas sobre um conjunto de inseguranças e falta de confiança que estavam profundamente enraizados. A hipnose me ajudou a acessar a origem dessas emoções e reprogramar minha mente para reagir de uma forma mais calma e racional.
Durante o processo, o terapeuta utilizou técnicas para me ajudar a visualizar situações de direção de maneira segura e controlada, reforçando sentimentos de segurança e confiança. Sessão após sessão, fui me sentindo mais tranquila e no controle, até que, finalmente, consegui pegar o volante sem aquele medo paralisante. Hoje, dirigir se tornou uma atividade natural e até prazerosa, e a sensação de liberdade que isso me trouxe é indescritível. A hipnose me deu as ferramentas para conquistar essa independência, e, com isso, recuperei uma parte da minha vida que, por tanto tempo, parecia inacessível.