
Minhas maiores dificuldades com emagrecimento sempre estiveram ligadas à constância e à autossabotagem. Eu conseguia começar uma nova dieta ou um plano de exercícios com bastante entusiasmo, mas bastava uma semana difícil ou um momento de estresse para que eu voltasse aos velhos hábitos. Era como se existisse um ciclo: eu me motivava, começava a ver alguns resultados, mas, ao primeiro deslize, vinha a frustração, e eu acabava desistindo.
Outro grande desafio foi a questão emocional. Muitas vezes, a comida se tornava uma válvula de escape para emoções que eu não sabia como lidar, como ansiedade, frustração ou até mesmo a sensação de vazio. Em vez de enfrentar esses sentimentos, eu procurava conforto na comida, o que, claro, tornava o emagrecimento ainda mais difícil. A compulsão alimentar também me fazia sentir que não tinha controle, criando uma relação complicada entre meu corpo e minha mente.
Além disso, havia a cobrança interna. Eu me comparava com outras pessoas, o que só aumentava a ansiedade e a sensação de que eu nunca estava “chegando lá”. Eu sempre achava que precisava fazer mais, ser mais rigorosa, e, no final, acabava me sabotando porque a pressão era grande demais.
A hipnose foi um divisor de águas na luta contra a autossabotagem, especialmente em relação ao emagrecimento. Nas sessões, comecei a entender que a autossabotagem não era falta de disciplina ou força de vontade, mas sim um mecanismo de defesa inconsciente. Eu estava repetindo padrões que, em algum momento, haviam servido como uma forma de me proteger de frustrações e decepções.
Através da hipnose, mergulhei fundo nesses padrões e, pouco a pouco, consegui identificar as crenças limitantes que estavam por trás do comportamento autossabotador. Foi revelador perceber que, lá no fundo, eu tinha medo de fracassar e de não conseguir sustentar o emagrecimento a longo prazo. Esse medo se manifestava como uma necessidade de desistir antes mesmo de tentar, como se isso evitasse uma decepção maior.
A hipnose me ajudou a ressignificar essas crenças e a construir uma nova relação comigo mesma. Cada sessão reforçava a ideia de que eu era capaz de alcançar minhas metas, e, mais importante, de manter essa conquista. Comecei a perceber que a autossabotagem não tinha mais espaço, pois agora eu estava alinhada com meus objetivos e com uma visão mais positiva de quem eu podia me tornar.
Hoje, se surge algum pensamento de desistência, consigo reconhecê-lo, dar um passo para trás e escolher uma resposta diferente, mais alinhada com meus objetivos.